sábado, 9 de abril de 2016

curto

A escuridão de meu quarto,
acaba sendo confortável,
a minha em pedaços,
mentalmente instável,
reza por uma saída,
desse sofrimento miserável,
de cada segundo de minha vida.

A luz ilumina a antiga escuridão,
os tolos se escondem entre lágrimas,
Eu me escondo na multidão,
ando de casa em casa, procurando um abrigo,
Vago por anos, procurando um coração.

Pela janela eu via tudo aquilo que eu não sentia,
pela mão eu sentia tudo aquilo que eu não via,
Eu era cego de vontade, aquilo era o que eu queria,
mas aquilo lá, eu nunca teria, e eu sabia.

A solidão me conduz,
pelos meios mais temidos,
o nome faz jus,
é solitário e infinito,
o vazio do meu viver,
a razão que eu queria ter,
aquilo que eu me tornaria.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

puxado.

Acho que tudo começou naquela noite,
quando você me olhou, e me fez acreditar,
acreditar que eu vim da lua,
acreditar que anjos existem.
Eu me perdi, em pensamentos mirabolantes,
me envolvi em momentos marcantes,
prometi promessas irrelevantes,
jurei que seguiria adiante.

Que estranho, acreditar.
Acreditar que um dia anjos irão me salvar,
que um dia eu voltarei ao meu lar,
que a lua vai voltar a brilhar.

Tão triste lembrar dos dias que passei lá,
naquela imensa escuridão azul,
perdindo entre as ondas do mar,
correndo de norte à sul.

Estou defasado, o tempo está passando,
a maré vai puxando e devolvendo,
eu vou esquecendo o que eu não devia,
sinto que estou te perdendo,
mas eu sei que já te perdi,
caro amigo.